sexta-feira, 22 de julho de 2011

Toques de Orixas

Ilu
Aguere
Ijeja
Bravum
Adarum
Estes são alguns dos toques mais usados  no candomblé de Alaketu ,  tendo outros.  Como o Aguere
tocado para, Oyá ,Odé ,Oxumare vem trazendo algumas diferença entre de um santo e outro mas todos são de uma forma o Aguere

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Lenda de Iansã - Oyá

Um dia, Ogun a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma. Segundo a lenda, Oyá vivia feliz com Ogun, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Oyá aprendeu a andar pela Terra.

Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu oficio de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Oyá pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear.
Mas Ogun não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Oyá adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele.
Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar Ogun, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença.
Ogun, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço.
Xangô também notou a presença de Oyá, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como Ogun.
Oyá estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar Ogun, a quem respeitava muito.
Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita.
Quando Ogun terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre.
Partiu atrás deles para vingar sua desonra!
Oyá estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra.
Ogun estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Oyá, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogun em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais.

Lenda de Ogum


 É aquele que sempre abre as estradas, que vai na vanguarda,
q
ue desbrava os caminhos com o seu machete. Orixá violen
to e
g
uerreiro, eterno vencedor.

Fo
i Rei de Ifé e conquistador do reino de Ire.
Ve
ste um saiote chamado mariwó (feito com as franjas das
fo
lhas verdes da palmeira)
.
É tid
o como filho de Ieman, irmão de Oxossi e Exu
.
Ao me
smo tempo em que caça, inventa as armas e ferramentas. Foi

u
m profundo conhecedor dos segredos das florestas, onde vivia
c
om Oxossi e Ossain. Destemido caçador, tornou-se guerrei
ro e
fe
rreiro.
Conta uma lenda que Ogum não gostava de civilização, vivendo
e
ternamente no fundo da floresta. Oxum, com sua doçura,
c
onseguiu conquistá-lo, trazendo-o para a cidade.
A
oportunidade, ela necessitava de ajuda, pois precisava de

p
roteção.
Fo
i marido de Ian, cujo segredo descobriu. Depois viveu co
m
Ox
um (antes desta casar com Oxossi e depois com Xangô
).
Vive
u com Oba, após vencê-la em uma luta.

Og
um gostava de beber e comer carne de cachorro
 (e
specialmente crua), Seus músculos eram considerados de
aço.
Sua ira era terrível. Era conhecido como decepador de cabeças
e vingador das injustiças.
É o protetor das artes marciais, da agricultura, dos policiais e
daqueles que lidam com ferro.

Lenda de Exú


Exú sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos.
Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação.
Então, eles pediram a Exú, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.

Assim foi feito, e Exú nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.

Um belo dia, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.

Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Exú que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida.

Exú negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse.

Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Exú confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogans.

Caboclos de Oxossi


Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio, mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.

Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omite detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.

 São os nossos amados Caboclos os legítimos representantes da Umbanda, eles se dividem em diversas tribos, de diversos lugares formando aldeias, eles vem de todos os lugares para nos trazer paz e saúde, pois através de seus passes, de suas ervas santas conseguem curar diversos males materiais e espirituais.
Existem falanges de caçadores, de guerreiros, de feiticeiros, de justiceiros; são eles trabalhadores de Umbanda e chefes de terreiros. Às vezes os caboclos são confundidos com o Orixá Oxossi, mas eles são simplesmente trabalhadores da umbanda que pertencem à linha de Oxossi, embora sua irradiação possa ser de outro Orixá.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Como é sua fé?

Fé é o ato de crermos em Deus e suas divindades.
Religiosidade é a forma como manifestamos nossa fé, que envolve nossos sentimentos íntimos e nossa postura diante de Deus e suas divindades, assim como, diante da vida e de nossos semelhantes. De nada adianta crermos em Deus se nossa religiosidade é nula ou negativa.
Sim, quantos não têm fé na existência de Deus e de suas divindades, e crêem que atuam em nossa vida e em nosso favor nos momentos difíceis, mas só buscam esse amparo divino quando chegam ao desespero?
Estes tem fé, mas não a cultivam com uma religiosidade em suas vidas e suas posturas no dia-a-dia.
Fé é a crença no poder divino. Já a religiosidade, é o ato de trazermos para nossa vida e nosso dia-a-dia o comportamento e a postura preconizados como qualidades superiores pela nossa religião e sua doutrina.
Se nossa doutrina prega que somos filhos de um mesmo pai (Deus), então o nosso comportamento diante de nossos semelhantes deve pautar-se por este sentimento fraterno que congrega e irmana os seres. E nossa postura diante de um nosso semelhantes deve ser de respeito e de confiança.
A nossa religiosidade nos distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura condizente com o que nossa religião prega: — amor, caridade e fraternidade para e com nossos semelhantes.
Meditem e reflitam se vossa fé é forte e se vosso comportamento e postura a refletem ou se vossa religiosidade e fé esta precisando aperfeiçoar-se.

Porque a dança na gira?

A prática da dança é utilizada para que de forma rítmica, o médium possa juntamente com a curimba cantada, abrir o ponto de irradiação do determinado Orixá, para que o mesmo faça a conexão mental com a falange espiritual, vibrando em mesmo tom e densidade com o trabalho espiritual proposto.
Neste caso, não há necessidade de saber dançar, de ter coordenação específica, nem tão pouco sensualidade alguma (o que excluiria totalmente do propósito).

Necessita que o médium apenas sintonize-se com a vibração do Orixá e deixe que o físico siga com a curimba.

É durante essas giras dançadas que muitos médiuns desenvolvem sua mediunidade de incorporação.

Porque do ponto cantado?

Os diversos pontos cantados na Umbanda estabelecem condições propícias para que os pensamentos dos espíritos se enfeixem com as dos médiuns.

Cada vibração peculiar a um Orixá tem particularidades de cor, som, comprimentos e oscilações de ondas que permitem sua percepção pelos sensitivos.
Uma vibração específica, cantada em conjunto, sustenta a gira para que os espíritos da linha corresponde ao orixá se aproximem, criando  movimentando no astral formas e condensações energéticas similares vibracionais da natureza que “assentam” as energias, como nelas estivessem presente.

O que é Abiyan?

Dentro dos cultos afros-brasileiros existe uma categoria de pessoas que são classificadas de Abiyans.
A palavra Abiyan quer dizer: Abi= "aquele que" e An= seria uma contração de "Onã", que quer dizer "caminho". As duas palavras aglutinadas formaram o termo Abiyan, que quer dizer "aquele que começa", "um novo caminho". E é isto, o Abiyan é uma pessoa que está começando um novo caminho, uma nova vida espiritual.
O Abiyan é um pré-iniciado e não um simples frequentador, como muitas das vezes é classificado.
O período de Abiyan é de muita importância pois, é nesse período que o recém-chegado no Candomblé passa a observar o comportamento e a conviver com os já iniciados.
Existem pessoas que passaram por um longo período sendo Abiyan, antes de se iniciarem no Candomblé. Portanto, vale ressaltar a importância deste período, ou seja, Abiyan e dizer que o frequentador em yorubá, chama-se Lemó-mú.

O que é Axé?

A palavra Axé é de origem yorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. Axé significa "força, poder" mas também é empregada para sacramentar certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: - "Eu estou muito bem." Outro responde: -"Axé!" Esse "axé" aí dito equivaleria ao "Amém" do Catolicismo ("que Deus permita").
Axé também pode significar "Vida". E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida.
Na tradição dos orixás, axé também pode significar a "força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras" enfim de tudo que tem vida. Pois, o Candomblé é um culto de celebração à vida e a toda a força que dela advém, ou seja, o próprio culto, é o próprio Axé.

O que é Orixá?

Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia, que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável.
Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun" (Deus supremo).
Em nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contato com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu asé e portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de olorum(Deus criador/construtor de todo o universo).
Orixá significa também o caminho que nos guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados por Ifá onde se faz necessário o devido culto para que os que dele pertencem seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no aiye (terra).
Entre todos Orixás, salientamos o de maior e incontestável importância que é ORI, seu Deus pessoal, sua identidade, sua conciência viva e presente, que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada e equilibrada para que se possa ter a consiência e o o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na Energia pura de Orixá.